Na noite do desta segunda-feira (30.10), no auditório da AJES, em Juína, teve início o II Simpósio de Educação do Vale do Juruena, sob o tema “Educação Brasileira: Mudanças e Perspectivas”, organizado pelo professor Fábio Bernardo da Silva, Coordenador dos Cursos de Licenciatura da AJES. E terá seguimento na noite desta terça-feira (31.10).
O evento contou, na abertura dos trabalhos, com apresentação artística por alunos da Escola Estadual Doutor Artur Antunes Maciel, com coreografia (músicas e danças) dirigida pela professora Pollyana Dias Sales de Oliveira, a qual também é acadêmica do Curso de Direito da AJES.
Na sequência, o professor Marcelo Ramon da Silveira Barbosa, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Unidade de Juína, proferiu palestra sobre a importância da Pesquisa para a Educação e para o próprio desenvolvimento do país. Foi uma palestra divertida e bastante interessante e instrutiva, uma vez que o professor apresentou dados sobre os investimentos em Educação e Pesquisa realizados pelo Governo Federal, e quadros comparativos entre esses valores e os investimentos realizados por diversos países que, nas últimas décadas, priorizaram, de fato, a Educação como política de Estado.
A Educação à Distância (EAD) e as disciplinas semipresenciais ministradas pela AJES
A última palestra da noite foi proferida pelo professor do Curso de Direito da AJES, José Natanael Ferreira, que abordou o tema “Educação à Distância: breves considerações sobre a legislação do ensino semipresencial”.
Em sua fala, o professor explicou que a “Educação à Distância” trata-se de uma “modalidade educacional”, na qual a relação ensino-aprendizagem, entre professor e aluno, é mediada pelo uso de equipamentos de tecnologia e de comunicação, pois ambos (professor e aluno) encontram-se separados geográfica e temporalmente. E também esclareceu que essa modalidade educacional não se trata de uma política de um ou de outro governo, mas de uma política de Estado, com respaldo na legislação brasileira, constitucional e infraconstitucional. E, após ressaltar que a sala de aula não é o único local onde se desenvolvem as relações de ensino-aprendizagem, ele enfatizou que, na modalidade “Educação/Ensino à Distância”, o educando (aluno-acadêmico) é o agente (o ator) principal de sua própria aquisição de conhecimentos, oportunidade essa para, como um autodidata, desenvolver suas competências e habilidades, dentre as quais a autonomia, a interdisciplinariedade e a propositividade.
Ao explicar os principais dispositivos legais que fundamentam a “Educação à Distância” Brasil, e de expor que, somente nos Estados Unidos da América (EUA), essa modalidade de ensino é oferecida por diversas e renomadas Universidades, o professor explicou que a AJES oferece disciplinas na modalidade semipresencial, possibilidade essa que somente é possível porque a Instituição obedece e atende, rigorosamente, todas as exigências legais e administrativas impostas pela legislação federal e pelo Ministério da Educação, ressaltando, no entanto, que essas disciplinas semipresenciais representam apenas 5% da carga horário de cada Curso, embora a legislação vigente autorize as Instituições de Ensino Superior oferecer disciplinas nessa modalidade de ensino com, até, 20% da carga horária do Curso.
Ao concluir, o professor afirmou que as eventuais falhas sentidas pelos acadêmicos na operacionalização das disciplinas “EAD” devem ser esclarecidas e reclamadas utilizando-se os canais próprios oferecidos pela AJES: os professores-tutores, a Ouvidoria, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) e, por fim, os respectivos Coordenadores de Curso.
Ao final, as dúvidas do público presente foram esclarecidas pelos professores organizadores do evento.
Na data deste dia 31 de outubro, o Simpósio prossegue como outras palestras e discussões sobre as mudanças e perspectivas da Educação brasileira.
No anexo, o arquivo com a palestra do professor José Natanael Ferreira.